7 de março de 2012

Atos e relatos


Sonhei em redigir palavras, sonhei em digeri las também, digerir as mais ocultas, as mais ousadas. As mais fascinantes guardaria para mim se a memória não fosse vaga. Pesada respiração de alguém que está com o aparelho lacrimal ativo. Ora ora, o choro não era de dor, nem sequer era meu. Era consolo, era alegria, esperança, ou seja lá o que fosse não incomodava nem mesmo seu emissor. Senti uma pele macia e lisa como seda tocar meu ombro, pele molhada e quente como fogo que arde. E ardeu, ardeu o coração e arrepiou a espinha. Quem dera eu soubesse tudo antes do fim. Fim que acabou em recomeço. Mas foi bom, com os pés no chão o coadjuvante do filme da realidade manteve se integro e não deixou me cair em minhas próprias teias. As palavras desejadas agora eram atos, a vida em três atos : Amar, esperar e perdoar. Simples atos ou simples palavras? Escolhi a segunda opção... Difíceis atos, gratificantes atos. E o coração de quem um dia sofreu e chorou pelos cantos reclamando da vida foi substituído. Foi cancelado e em seu lugar foi derretida a antiga pedra de gelo dura e fria dando lugar ao mar infinito de calor e sorrisos. Mar de alegria, mar de consolo. As utopias se tornaram vazias pois realizado foi o sonho e enterradas foram as decepções. E eu parti para um novo mundo, um mundo completo. Onde eu completo meu eu, onde eu me amo mais, talvez não serei correspondida em um futuro próximo mas aprendi que ser completa é apenas não deixar o vazio entrar é encher se do que me faz feliz, mesmo que encher me for tomar sorvete de flocos e comer bom bom.