14 de outubro de 2012

Analogias


Hoje voltei a escutar as músicas que prometi nunca mais ouvir, todas ainda me lembram você. Hoje voltei a escrever nesse site que ninguém lê e percebi que você ainda é uma das minhas inspirações para escrever. Talvez a única, se não, minha preferida. Desejei sentir teu cheiro que nem me lembro mais. Fantasiei minhas ideias sobre você. Não me lembro bem se tudo que dizia e como me fazia sentir amada era verdade. Não sei se sonhei, não sei se criei-o para tirar-me dos dias entediantes. Sei que foi embora, foi para algum lugar que não sei se sente minha falta ou tanto faz.  
Nostalgia cruel essa que me invade. Fantasiei demais, o que era para ser apenas recordado virou quase um pesadelo. O que me lembro de você não sei se criei ou se realmente existiu. Mas como saberia? Criei analogias sobre você, ideias inexistentes ou preexistentes floreadas de utopias, de loucuras.
Afoguei-me em recordações não sei se é tragédia ou comédia. De qualquer forma estou fria, apesar do calor insuportável dentro de casa. Nenhuma lágrima desceu, até que tentei, pela primeira vez desejei as lágrimas, os soluços. Nada veio, queria chorar para poder tirar o nó atado em minha garganta.
Esses elos que me prendem a você. Não sei explicar você apareceu como quem não quer nada e realmente não quis. Ou não viu o que ofertei, parece que a oferta foi pouca para você, apenas um coração cheio de ti. Talvez seu ego fosse grande demais e não pudesse suportar mais de ti em meu coração. 
Queria mais recordações e menos analogias, queria poder saber se aconteceu algo, se você realmente disse aquelas palavras doces ou aquela cantada engraçada, queria parar de sonhar com seu sorriso.
Porém é você que ainda me tira o sono e a concentração. Foi há quanto tempo? Nem me lembro, um ano, dois? Ah se nostalgia fosse droga, se já não é droga o bastante quando vem acompanhada com uma dose grátis de você sem tua presença, se é que me entende.
Fantasiei, sonhei, idealizei, amei, fiz analogias e utopias, perdi, perdi-me, perdi-te  em meio a nostalgia e a confusão. É trágico como nunca saberei o que realmente aconteceu...
Esse texto sempre será inacabado, assim como nossa história, algo que não acabou-se e nunca saberei se acabará.

Faço analogias pois essa é a maior consequência de minha pobre nostalgia surreal!