27 de junho de 2011

Congelada




As vezes sinto que a minha criatividade acabou, que os meus sonhos foram enterrados, que as minhas forças acabaram. Penso em talvez dar um good by para a vida, e dizer um adeus para tudo o que passou e me congelar no tempo. Congelar tudo e não mudar nada, porque o passado não pode ser desfeito e o futuro nunca deve ser esperado, pois a vida é simplesmente imprevisível. E nesse silêncio profanado eu queria congelar minhas lágrimas e destruir minhas promessas. Ofegando nesse quarto escuro eu sonho em estar congelada, estatizada no tempo. E apagar todas as faces na minha mente. Deixar o sol nascer e quando enfim o gelo frio, duro e com um brilho de dor o sol tocar congelada quero derreter e secar indiferente, como alguém que contempla a beleza da mentira que cobre as pessoas como máscaras de gelo.

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