23 de agosto de 2014

Um saculejo, um ensejo

Saculejo. Saculejar é preciso. Saculejo já me faz rir. Saculejar é neologismo. Faz me rir. Saculejar é pretexto pra prosa solta e verso. E verbo me falta onde a timidez alcança. E saculeja tudo em mim e meu peito palpita de prosa e pranto. Planto poesias sem fim no eterno saculejo da vida. Sorrio e tudo se remexe em mim. A vida, esse eterno saculejo. Saculejo não existe. Saculejar é preciso. Saculejo é balanço doido, é erro de português mas quem verdadeiramente é errado é quem fala correto e não vive o que diz. Que saculeje sua vida então. Meu peito palpita de prosa e pranto e dói. Dor palpitando, ansiosa chegada esperada partida. E partilho em silêncio os saculejos da vida. Anseio um abraço mas o medo do laço é que me faz continuar no estado de inércia, o qual todo ser no mundo tende a ficar. Mas saculejar é próprio, é anseio e movimento. Partilho a partida e me dói deixar um pouco de mim. Mas rever é feliz, feliz estou por rever uma amiga de ônibus. Ela me abraça e relembro e já não sinto falta de um abraço. Ou sinto e minto. A vida é isso mesmo. Um eterno saculejo, um sorriso e um azulejo, uns quadradinhos de histórias e estórias. É em si o infinito neologismo. 

1 comentários:

Anônimo disse...

Dançando com as palavras! ^^

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